quinta-feira, 14 de abril de 2011

POR QUE ESCOLHEMOS AS DANÇAS CIRCULARES PARA NOSSAS CELEBRAÇOES NESSA OCARA?

Quando o espírito comunitário vibrava mais fortemente entre nós humanos, os povos da Terra dançavam juntos e em roda para celebrar todas as passagens da vida e os ciclos da natureza: nascimento, casamento, morte, o trabalho na semeadura, na colheita, na pescaria, as mudanças de estação...enfim, dançavam nos momentos de alegria, de tristeza, de gratidão, de amor e também de medo.

Em 1976, o bailarino alemão Bernhard Wosien, que já havia iniciado uma pesquisa sobre as danças circulares, uniu-se a Fundação de Findhorn – na Escócia e, desse encontro, iniciou-se um movimento que hoje é internacional, de resgate das danças circulares dos povos, com fins de integração.

A partir daí, além do imenso acervo das danças tradicionais étnicas que foi redescoberto, tem-se dançado muitas outras, que foram coreografadas contemporaneamente com o mesmo fim.

Quando dançamos em roda as danças tradicionais, irmanamo-nos com povos distantes, no tempo e no espaço e com o significado de seus rituais e celebrações, configurando-nos como parte da infinita teia viva.

Quando dançamos nossas sonoridades, integramo-nos e reverenciamos nossas raízes.

O movimento cadenciado, o ritmo e a participação de cada pessoa no círculo fazem com que este seja vivenciado como um símbolo vivo e pulsante das nossas relações com/e no mundo.

Além de propiciar um estado de descontração, relaxamento e bem-estar, a dança de roda possibilita um exercício de atenção plena, concentração e meditação, quando então percebemo-nos ligados uns com os outros, diferentes, mas formando um todo único.

Isso nos religa, nos reaproxima dos outros, nos reconecta ao mundo e, portanto à nossa essência.

Quanto mais dançamos, mais identificamos os efeitos deliciosos de dançar em roda: o despertar da leveza, alegria e serenidade que há em cada um de nós; o desenvolvimento da percepção; do senso de cooperação; da liberdade para ser o que se é; o estímulo a que as pessoas expressem o que tem de melhor em si; musicalidade, ritmo e beleza na vida diária; o exercício da flexibilidade e da tolerância com as diferenças e com o próprio não saber; integração corpo-mente-emoção-espírito; exercício de disciplina; superação de desafios e limites pessoais e, conseqüente desenvolvimento da auto-estima;...

E mais, para dançar em roda não precisa saber dançar. Basta deixar-se vivenciar com liberdade, o prazer de ser um “eterno aprendiz”.

É isso!

Um comentário:

  1. Oi minhas queridas. Devo á vocês o prazer de ter conhecido e me apaixonado pelas Danças Circulares, que agora tb faz parte da minha vida. Continuo fazendo cursos em SP, mas tenho muitas saudades de vocês, mas tenho certeza tb que o amor pelo que fazem , o bem que fazem as pessoas. supera tudo. Um grande abraço á todos.

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